A colheita e venda do pinhão começam oficialmente nesta terça-feira, 1º de abril, no Rio Grande do Sul, com a expectativa de superar a safra do ano passado. Apesar do volume maior de produção, a estiagem prolongada impactou a qualidade do produto, reduzindo seu peso e comprometendo a maturidade plena das sementes.
O assistente técnico da regional da Emater Passo Fundo, Ilvandro Barreto, explica que, ao contrário de 2024, quando a polinização foi prejudicada por condições climáticas adversas, este ano a formação das pinhas ocorreu de forma mais favorável. “Vai ser uma safra bem melhor que a do ano passado, muito melhor, mas ainda não será uma das grandes safras de pinhão. Mesmo com a melhora, o impacto da estiagem comprometeu a qualidade final do fruto”, destaca Barreto.
Falta de chuva impactou qualidade
O pinhão leva cerca de três anos para se desenvolver completamente, desde a fase de polinização até a maturidade. Durante esse período, ele está sujeito a diversas variáveis climáticas que podem afetar sua produção. Neste ano, apesar da boa fecundação das pinhas, a falta de chuvas regulares na fase final de maturidade reduziu o peso e a qualidade do fruto. “Uma pinha normal pode conter entre 100 e 120 pinhões, mas com o impacto da estiagem, o que provavelmente veremos no início da colheita são pinhas com menos sementes e frutos menores”, explica Barreto.
Fonte: FA/REGIONAL com informações do “O Nacional”