Em seu primeiro discurso após vencer a eleição para o governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) falou em “cicatrizar feridas” geradas pelo momento de polarização na política e fez acenos ao centro e ao PT. O tucano foi eleito com 57,12% dos votos neste domingo (30), contra 42,88% de Onyx Lorenzoni (PL).

Leite, que no segundo turno optou por não declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou em Jair Bolsonaro (PL), optou por manter sua escolha sob sigilo, mesmo depois de a eleição ter sido encerrada.

“Acredito em uma política para cicatrizar feridas, e não de abrir feridas novas. É um momento de conciliação e de buscar o que nos une. Até que tenhamos um Brasil e um Rio Grande que efetivamente tenha superado esse momento triste de divisão da nossa população, prefiro focar na convergência que se construiu”, disse.

O governador eleito falou sobre a manifestação de “voto crítico” que recebeu do PT no segundo turno e elogiou os petistas. “[Estamos] conscientes de que este voto [crítico] vem, se não vem com convergência dentro da agenda e do programa que temos para o Estado, vem na convergência em torno da democracia e do respeito ao diálogo e aos que pensam diferente.” “Vamos aproveitar o momento que tivemos, de aproximação eleitoral, para construir ainda mais aproximação par tudo que for possível”. acrescentou.

Entretanto, o tucano afirmou que “não parece haver uma perspectiva de composição de governo” com os petistas.

Leite também falou sobre as perspectivas para o futuro do PSDB. “Tomarei parte nas discussões partidárias, menos pensando no PSDB, e mais pensando na política brasileira, que precisa ter força no centro democrático, com projeto de país e com respeito às posições políticas. Não é sobre o PSDB, é sobre o centro democrático com projeto de Brasil para o futuro. Isso vai envolver naturalmente discussões com outras forças políticas, outros partidos políticos, para que a gente possa dar essa colaboração ao Brasil.”

Fonte: CNN Brasil