O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite no Brasil, depois de Minas Gerais e Paraná.
No entanto, no estado, cresceu o número de famílias que largaram a atividade nos últimos anos.
De acordo com a Emater-RS, em 2015, eram mais de 85 mil produtores. Atualmente, são apenas 40 mil.
Alta nos custos de produção, dificuldade de investimento em infraestrutura na propriedade e falta de mão-de-obra estão entre as principais dificuldades.
Segundo dados da Emater-RS, em 2019, 40% das famílias desistiram da atividade leiteira e o número de cabeças produtivas de leite diminuiu 20,8%.
Os produtores mais afetados são os que produzem no máximo 50 litros por dia. A representatividade desse perfil caiu de 23% em 2015 para 8% no ano passado.
A produção de leite no Rio Grande do Sul está presente em 94% dos municípios.
A média de produção evoluiu. Em 2004, eram 2,36 milhões de litros e em 2020 foram 4,29 milhões, uma alta de 81%.
Mesmo com a valorização do preço do leite, os produtores do Rio Grande Sul não têm poder para competir com produtores de outros estados.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Lacticínios do Rio Grande do Sul, o Sindilat, estados como Minas Gerais, São Paulo e Paraná têm políticas para a atividade como incentivo a venda externa e barreiras para o leite que vem de fora.
“Para que nós possamos manter os 100% dos créditos de incentivo à produção precisamos comprar todos os insumos dentro do estado. E o estado não tem embalagens. E isso acaba provocando uma perda competitiva”, diz o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini
Fonte: Canal Rural