Um estudo epidemiológico que avaliou a soroprevalência para Covid-19 em policiais da Brigada Militar que atuam na linha de frente – durante a pandemia – apontou que 2/3 dos que PMs que apresentaram anticorpos, num primeiro momento, negativaram três semanas depois em nova amostragem. Os resultados da pesquisa, realizada pela Santa Casa em parceria com o Instituto Cultural Floresta (ICF) e a UFCSPA, foram divulgados nesta quinta-feira e revelam a importância de aprofundar os estudos sobre o comportamento da doença.
Professor de infectologia UFCSPA e coordenador do laboratório de biologia molecular, Alessandro Pasqualotto explicou que a pesquisa, que reuniu 1.592 policiais de 10 cidades gaúchas, afirma que o “achado mais impressionante” do trabalho é justamente o “desaparecimento” dos anticorpos após um período, o que, segundo ele, está de acordo com a literatura médica mais recente. “As pessoas que fazem anticorpos, especialmente se elas não têm sintomas, ao longo do tempo o anticorpo desaparece, o que não quer dizer que não estejam protegidas, ele pode voltar em algum momento em outra célula de defesa”, destacou.
Correio do Povo