General da reserva Joaquim Silva e Luna deixa o cargo de presidente da Petrobras
29/03/2022 - 11:53

Prestes a completar 1 ano à frente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna foi demitido da cadeira a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele permaneceu 343 dias no cargo, e acabou derrubado por motivos muito parecidos com seu antecessor.
O general substituiu o economista Roberto Castello Branco, que sofreu pressão do governo federal por conta da política de preços da estatal. Desde 2016, ainda na gestão de Pedro Parente, a empresa adotou a política de paridade internacional (PPI) para definir o preço da gasolina e diesel nas refinarias.

A PPI é orientada pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. Com o dólar ainda em patamares elevados e o valor crescente das commodities desde o ano passado, essa tem sido a principal injeção de alta no preço dos combustíveis no Brasil.

Diante da tensão crescente após o estouro do conflito entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras ficou 57 dias sem reajustes enquanto estudava a escalada de preços de commodities no mundo. Mas a demora a obrigou a fazer um severo reajuste nos preços, com aumento de 18,8% no litro da gasolina e de 24,9% no litro do diesel para as refinarias.

Na bomba, a gasolina chegou a uma média de R$ 7,210, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Foi o bastante para que o presidente Bolsonaro voltasse a fazer uma série de críticas públicas à empresa, mirando tanto a PPI como o lucro recorde da empresa em 2021, de R$ 106 bilhões.

Fonte: O Sul