O governo do Rio Grande do Sul está distribuindo o primeiro lote com 25,4 mil testes rápidos para a Covid-19 a todos os 497 municípios do estado. O governador Eduardo Leite informou, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que esses resultados ajudarão a guiar as decisões sobre flexibilização nas restrições de distanciamento social nas cidades do interior.
Os testes devem ser aplicados, primeiramente, em profissionais das áreas da saúde, da segurança pública, agentes penitenciários e pessoas que tiveram contatos com pacientes infectados.
“É um lote inicial, virão mais testes, mas vai permitir ao estado melhorar o monitorar e a identificação dos casos”, disse Leite.
Porto Alegre, que concentra 47% dos casos confirmados de coronavírus e sete das 17 mortes até aqui, receberá 2.280 testes. No entanto, mesmo municípios de pequeno porte, com até cinco mil habitantes, terão ao menos uma caixa com 20 testes.
As 81 cidades que, até o momento, registraram ao menos um caso de coronavírus terão uma remessa à parte. Entre elas, serão destinados testes a mais conforme o porte do município e o número de casos identificados.
Outra medida que auxiliará o governo nas tomadas de decisões é a quantidade de leitos clínicos e de urgência disponíveis no estado. Segundo Leite, mais de 180 hospitais dos cerca de 300 existentes no RS repassaram as informações ao sistema da Secretaria Estadual da Saúde.
Conforme Leite, só com a totalidade da infraestrutura será possível diagnosticar a capacidade de atendimento de todas as regiões e, aí sim, flexibilizar as medidas de distanciamento social.
“Com base na pesquisa científica e nos dados de internação e de leitos disponíveis, poderemos acompanhar a evolução dos casos no RS e tomar decisões sobre mais ou menos vedação no estado”, afirmou o governador.
Leite anunciou, ainda, um repasse adicional de R$ 260 milhões do Ministério da Saúde, dos quais R$ 79 milhões ficarão com o estado e os outros R$ 181 milhões serão distribuídos aos municípios.
“Este recurso deverá ser aplicado prioritariamente para complementar a rede assistencial. A compra de leitos de UTI na rede privada vamos dividir a responsabilidade com os municípios que tem plena gestão da saúde, e ampliar a capacidade instalada”, diz a secretária estadual da Saúde, Arita Bergman.
Fonte: G1/RS
