População afetada por enchente no RS é orientada a tomar vacinas contra cinco doenças
20/05/2024 - 8:19

O Ministério da Saúde orienta a população do Rio Grande do Sul, afetada pelas enchentes que atingem 90% do estado, a se vacinar e tomar doses de reforço contra cinco doenças: Influenza, Covid-19, tétano, hepatite A e raiva. O governo também monitora casos de leptospirose e outras doenças que podem surgir em decorrência da contaminação da água, mas diz que situações como a da dengue estão sob controle.

O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, que está no comando do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) do Rio Grande do Sul, frisa que a prevenção é essencial para evitar a superlotação da rede de assistência. “Em função das enchentes, há um aumento de incidência de doenças gastrointestinais, afecções de pele, entre outras. Estamos fazendo o monitoramento de casos de leptospirose, e não há nenhum aumento extraordinário que gere uma preocupação além do necessário. Então, estamos acompanhando. Há notificações de casos de dengue, mas de maneira controlada”, detalha.

Recomendações por vacina:

Influenza – Abrigados, socorristas e população em geral, acima de 6 meses.

Covid-19 – Abrigados, socorristas e população em geral, acima de 6 meses.

Antitetânica – Socorristas, população com ferimento, gestantes.

Hepatite A – Crianças de 1 ano a menos de 10 anos, condições especiais e gestantes em abrigos.

Raiva humana – Pré-exposição para grupos de risco de exposição ocupacional ou pós-exposição para os acidentados com animais.

Em meio à calamidade pública em que se encontra o RS, a área de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforça a importância de manter a imunização contra doenças que possuem vacina. Os imunizantes que já estavam previstos no calendário vacinal, conforme indicação do Plano Nacional de Imunizações (PNI), estão à disposição dos municípios. Algumas vacinas específicas também estão sendo enviadas, conforme disponibilidade.

Dentro do possível, a orientação é que sejam atualizados esquemas de vacinação contra a gripe (influenza) e covid-19, que protegem contra infecções respiratórias, especialmente no atual momento, em que várias pessoas estão abrigadas em espaços com outras famílias, facilitando a contaminação por esses vírus. Além dessas, também estão sendo aplicadas vacinas antirrábicas, antitetânicas e contra Hepatite A, que são as principais ocorrências em eventos climáticos extremos como esta que está assolando o RS. Conforme demandas, também estão sendo enviados por via área, de acordo com as condições dos locais, soros antídotos contra picadas de animais peçonhentos.

FONTE: Jornal O Sul