O projeto Cascatas Gaúchas, criado e coordenado pelo designer gráfico, escritor e aventureiro Fabiano Furtado, chegou em sua cascata número 1.000 neste sábado (30). A queda d’água escolhida para representar o número simbólico, fica em Barracão, município situado na divisa do Rio grande do Sul com Santa Catarina que sozinho concentra quase 10% de todas as cachoeiras visitadas pelo aventureiro.

“Barracão atraiu minha atenção para fazer o número 1.000 justamente pela contribuição que deu para o projeto. Eu fiz alguns números importantes em outras cidades que também contribuíram bastante, então eu pensei, para a cidade que vai ficar em primeiro lugar no ranking do livro em número de cascatas, nada mais justo que escolher essa cidade que me apresentou lugares incriáveis, desconhecidos e surpreendentes. Barracão é o primeiro lugar [no ranking do livro]”, diz Furtado.

Com o incrível número de 160 cascatas já catalogadas em seu território, o município do norte do RS, carrega o apelido de Paraíso das Cascatas, mesmo nome de uma página do facebook e instgram, mantida pelo presidente do Conselho de Turismo do município Elvio Jacobi. Ele explica que um dos motivos que faz Barracão ter tantas quedas d’água é fato do território barraconense ser cercado por diversos rios na parte baixa, e várias nascentes, riachos e sangas na parte alta do relevo.

“Em alguns lugares, em raios de 300 metros, tem a soma de três cascatas. Hoje você pode ter a certeza que nós somos a capital das cascatas”, comenta Jacobi.

PROJETO CASCATAS GAÚCHAS

Depois de fazer uma aposta com seus amigos para encontrar pelo menos 50 cascatas em território gaúcho, Fabiano Furtado passou a registrar e dar dicas das cachoeiras que visitava em suas redes sociais, momento em que percebeu a importância histórica e cultural do conteúdo que produzia.

“Um dia eu parei e pensei, são tantas histórias, tantos personagens, tantas pessoas incríveis que eu encontrei e que renderam coisas boas. Porque guardar tudo isso pra mim se eu poderia colocar em um livro”, salienta o aventureiro.

A ideia inicial da obra literária era catalogar 500 quedas d’água, porém ao perceber o potencial do projeto, Fabiano optou por continuar registrando suas viagens. O designer gráfico conta que desde o início das aventuras já rodou mais de 62 mil quilômetros – valor equivalente a uma volta e meia ao mundo – dentro do Rio Grande do Sul. Ele ainda destaca que mesmo completando 1.000 cascatas possui registros de locais não visitados, que fariam o número subir para 1.500 cachoeiras.

“Já estou adiando a muito tempo o livro e agora com 1.000, eu não quero deixar passar, quero por isso no papel e em 2024 lançar o livro”, destaca Furtado.

AJUDE A POR O LIVRO EM CIRCULAÇÃO

O livro escrito por Furtado não terá custo e será distribuído gratuitamente. Por isso, o aventureiro possui uma vaquinha virtual para custear os valores do projeto, além de buscar a contribuição de patrocinadores. Acesse a vaquinha virtual clicando aqui.

Por Vinicius Comel