A segunda reunião para debater a implementação da Rede de Escuta Especializada (REE) nos municípios da Comarca de São José do Ouro – que inclui Cacique Doble, São José do Ouro, Barracão, Machadinho, Tupanci do Sul e Santo Expedito do Sul -, foi realizada na manhã desta sexta-feira (14), no Sport Clube Internacional de Cacique Doble.
O encontro foi uma roda de conversa entre o juiz de Direito do Foro da Comarca de São José do Ouro, Rafael Alessandro Pereira Olympio, o promotor de Justiça da Comarca, Guilherme Augusto de Oliveira Montenegro, a Polícia Civil (PC) de Cacique Doble, representada por Rossano Stangherlin, a Brigada Militar (BM) de Cacique Doble, representada pelo comandante Maikel Zachi Mioranza, além de autoridades e representantes de secretarias e Conselho Tutelar dos municípios da Comarca.
Na conversa foi debatida a escuta especializada, que é a maneira como uma criança ou adolescente em situação de violência será ouvida pelos profissionais durante um atendimento ou uma investigação.
A REE, busca orientar os profissionais para que em uma possível violência contra criança ou adolescente, busquem garantir o cuidado e proteção da vítima, que são assegurados pela Lei 13.431/2017. A lei determina por exemplo, que a vítima ou testemunha sejam ouvidas em ambiente acolhedor, que garanta a privacidade e as proteja de qualquer contato com o suposto agressor ou outra pessoa que represente ameaça ou constrangimento.
Segundo o juiz da Comarca, Dr. Rafael Alessandro Pereira Olympio, a comunicação entre todas as instituições e as vítimas é um das principais medidas a serem tomadas, com o objetivo de acelerar o processo e prevenir outras situações de violência.
“O que ficou muito claro e foi muito frisado neste encontro foi essa necessidade de ter um cuidado, uma disponibilidade de professores, assistentes sociais, psicólogos, representantes da Brigada Militar, Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário de receber a informação da denúncia e ter uma comunicação mais acelerada”, comenta Dr. Rafael.
De acordo com o promotor de Justiça da Comarca, Guilherme Augusto de Oliveira Montenegro, o trabalho em conjunto entre todas as entidades e setores do estado contribui para a apuração e prevenção de violências.
“A atuação em rede de modo coletivo só tem a agregar para a comunidade e a promover o viés preventivo do Estado. Detectar a violação de direito que já ocorreu ou até mesmo prevenir essa violação”, destaca Dr. Guilherme.
Confira a entrevista completa:
*Por: Vinicius Comel – Regional FM